O Papa presidiu à Missa de canonização de Estanislau e Maria Isabel; Francisco entrelaçou a vida dos dois novos santos com as leituras do dia.
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco presidiu na manhã deste domingo, 5, à Santa Missa de canonização de Estanislau de Jesus Maria (polonês) e Maria Isabel Hesselblad (sueca). Com a participação de milhares de fiéis na Praça São Pedro, em sua homilia o Pontífice entrelaçou a vida dos dois novos santos com as leituras do dia.
A primeira leitura e o Evangelho deste apresentam, precisamente, dois sinais prodigiosos de ressurreição: o primeiro realizado pelo profeta Elias; o segundo, por Jesus. Nos dois casos, os mortos são filhos ainda muito novos de mulheres viúvas, os quais são devolvidos, vivos, às respectivas mães.
“Elias diz à viúva: ‘Dê-me o seu filho.’ Esta é uma palavra-chave, pois expressa a atitude de Deus face à nossa morte (em todas as suas formas). Ele não diz: fique com ela, vire-se, mas, dê-me a Mim.”
Jesus não é um mago
Já no Evangelho, a ternura de Deus revela-se plenamente em Jesus. Ao ressuscitar o filho da viúva no cortejo fúnebre, Jesus pede para Si mesmo a nossa morte, para nos libertar e nos devolver à vida. “Ele não é um mago. É a ternura de Deus encarnada, Nele atua a imensa compaixão do Pai”, disse Francisco.
“Cristo faz o mesmo com os pecadores: um a um, Jesus não cessa de fazer resplandecer a vitória da graça que dá a vida. Ele diz à Mãe-Igreja: ‘Dê-me os seus filhos’, que somos todos nós. Toma sobre Si os nossos pecados e nos devolve vivos à própria Igreja. E isto acontece de maneira especial durante este Ano Santo da Misericórdia”, ressaltou o Pontífice.
Deus vence o sofrimento e a morte
“A Palavra de Deus que ouvimos nos conduz para o acontecimento central da fé: a vitória de Deus sobre o sofrimento e a morte. É uma Palavra que nos chama a permanecer intimamente unidos à paixão de Jesus, para que se manifeste em nós o poder da sua ressurreição.”
Esta foi também a experiência de Estanislau de Jesus Maria e de Maria Isabel Hesselblad, que hoje são proclamados Santos: permaneceram intimamente unidos à paixão de Jesus e, neles, manifestou-se o poder da sua ressurreição.
Angelus
Ao final da celebração, antes de rezar com os fiéis a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco agradeceu a presença das delegações oficiais da Polônia (guiada pelo Presidente da República), e da Suécia, que vieram ao Vaticano para as canonizações.
O Pontífice pediu a intercessão de Maria para que guie todos os fiéis no caminho da santidade e os ampare na construção, dia após dia, da justiça e da paz.
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