O observador permanente da Santa Sé junto à Onu, Dom Bernardito Auza, participou de um debate aberto no Conselho de Segurança da ONU e falou sobre a luta contra o terrorismo
Da redação, com Rádio Vaticano
O terrorismo deve ser combatido, em primeiro lugar, a nível cultural, atingindo as ideologias e as histórias que representam suas verdadeiras raízes. Por isso, é necessário agir “nos corações e nas mentes de homens e mulheres, em particular, daqueles que são os mais expostos ao risco da radicalização e do recrutamento por parte de um grupo terrorista”.
Esse foi o ponto principal do pronunciamento feito pelo observador permanente da Santa Sé junto à Onu, em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, em um debate aberto no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Conhecemos bem as histórias e as ideologias dos atuais grupos terroristas. Eles não buscam esconder seus credos, seus princípios e seus princípios e seus valores presumivelmente de inspiração religiosa”, explicou Dom Auza.
Estes grupos “identificam muito inimigos de modo que aqueles que respondem à sua propaganda possam legitimamente atacar estes inimigos onde quer que eles estejam, em Paris, Bruxelas, Istambul, Aleppo ou onde quer que seja”.
Mas o pior é que construindo suas tresloucadas ideologias “que justificam seus horrendos atos de violência baseados em interpretações tendenciosas e num uso violento dos textos sagrados, estes grupos terroristas estão lançando um desafio sobretudo aos lideres religiosos e aos autorizados intérpretes destes mesmos textos”, disse.
Por sua vez, “as autoridades religiosas têm a particular responsabilidade de rejeitar as mentiras e de condenar a blasfêmia das histórias e das ideologias terroristas”, acrescentou Dom Auza, acrescentando que os líderes religiosos devem ser os primeiros a deslegitimar a manipulação da fé e a distorção dos textos sagrados como justificação da violência.
Ao concluir, o representante vaticano disse que qualquer pessoa “que considera a si mesmo um fiel ao tempo em que planifica ou realiza ações contra os direitos fundamentais e contra a dignidade de todo homem e de toda mulher, deve ser condenada”, ponderou o representante vaticano.
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