quinta-feira, 12 de maio de 2016

Reflexão do Evangelho - Jo 17,20-26

O Espírito Santo opera a comunhão entre nós

A união com Cristo exige de nós uma vida mística de oração, intimidade e comunhão com Deus e Sua Palavra

“Eu rogo por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17,20-21).


Jesus está rogando ao Pai por cada um de nós, por todos aqueles que creem em Sua Palavra e levam a vida em Seu nome.

Em toda a face da Terra, graças a Deus, o Espírito Santo suscita homens e mulheres tementes à Palavra do Senhor, que escutaram o apelo interior e moveram-se por ela. São discípulos e discípulas de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Denominamo-nos cristãos e o mundo (sejam aqueles que creem e até mesmo os que não creem) sabe que nós somos seguidores de Cristo. O desafio para ser discípulo de Jesus é guardar Sua Palavra e viver unido a Ele.

A união com Cristo exige de nós uma vida mística de oração, intimidade e comunhão com Deus e Sua Palavra.

Existem muitas interpretações subjetivas que vêm da cabeça de cada um de nós. Cada um pega a Palavra de Deus e a vive de acordo com suas convicções; muitas vezes, fazem uso dela para satisfazer seus próprios anseios e não se deixam convencer e converter-se pela Palavra. De modo que o corpo de Cristo se divide e se dilacera.

Um dos grandes escândalos da humanidade é a divisão do Corpo de Cristo. Somos um corpo dividido e esfacelado, é muito difícil cristãos sentarem-se à mesma mesa, comungarem do mesmo pão e, mais do que isso, como é difícil viver o amor entre nós! Até os que seguem uma mesma igreja, uma mesma denominação religiosa têm dificuldades de viver a comunhão, a unidade, e testemunhar para o mundo essa união com o Cristo.

Numa mesma paróquia, os grupos dividem-se e cada um segue uma própria disciplina e espiritualidade. A dificuldade é quando os grupos começam a se rivalizar entre si, a gerar disputas e competições; então, no seio de uma comunidade, começa a haver divisões.

Como é difícil ver uma família dividida, uma família pequena, com poucos filhos. Mas não precisamos ser iguais nem pensar igual; precisamos viver a comunhão, a unidade com Cristo, com o Espírito que Deus derramou sobre nós.

É preciso um esforço de cada um de nós, na docilidade e na humildade, para construirmos essa unidade. Como volto a dizer, não se trata de uniformidade, o Espírito é diverso e suscita dons e carismas diversificados no seio da Igreja e dos seguidores de Cristo.

O Espírito não opera a divisão, mas a unidade, o amor e a comunhão. Por isso, nesta semana em que suplicamos tanto o Espírito Santo para que venha sobre nós, peçamos que ele venha quebrar em nós todos os rancores, ranços, correntes que nos dividem e nos separam, as cadeias que nos colocam distantes uns dos outros.

Que tenhamos em Cristo a graça de nos sentarmos à mesa para comungarmos a Sua Palavra, para vivermos a docilidade ao Seu Espírito, para sermos dóceis à graça de Deus. Que sejamos um com Cristo, uns com os outros na unidade, no testemunho da comunhão e testemunhemos que Cristo está entre nós pelo amor que vivemos!

Deus abençoe você!


Homilia em Áudio

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